4 de mar. de 2009

Analise da “derrota inesperada”

O Palmeiras ontem fez uma partida abaixo dos padrões para um jogo de libertadores. Existiram diversos fatores que culminaram na derrota do time palestrino.

A começar pela escalação. Diferente do que muitos analistas têm visto, o Colombiano Pablo Armero atua bem adiantado, quase na mesma linha de Cleiton Xavier e Diego Souza. Ele avança para a linha de fundo muito mais que Fabinho Capixaba. As principais jogadas do alviverde começam pelo lado esquerdo do time. Portanto, a escolha de Marcão para jogar e criar do mesmo modo que Armero faz foi o primeiro erro do jogo de ontem. Além de Marcão está abaixo do nível do Colombiano, ontem fez um primeiro tempo muito ruim, nervoso demais e errando muitos passes, além de insistir de entrar pelo meio da defesa do Colo-Colo. Sem velocidade, era presa fácil para linha de quatro zagueiros do time chileno.

Outro erro foi no segundo tempo à entrada de Jumar para retirar o time do esquema de três zagueiros. Luxemburgo poderia ter sido mais ousado e usar Evandro, jogando Pierre quase como um terceiro zagueiro, jogando a frente da linha da Zaga, no lugar de Edmílson, que não tem velocidade para ser líbero e jogar como vem jogando. Edmilson era usado no Barcelona como volante começando a jogada a frente da linha de zagueiros do time catalão, quando era titular. No Velaria não teve oportunidade porque o Submarino Amarelo jogava com uma linha de quatro no meio campo, sendo pouco eficiente para apoiar ao ataque. Edmilson seria um substituto de Pierre, ou até poderia atuar do lado dele caso Luxa optasse por um esquema com dois meios de ligação, o que não vem fazendo. Entretanto, em nenhum momento da partida, esta postura táctica foi vista.

No aspecto individual, além das criticas já citadas, vale ressaltar a péssima partida de Diego Souza e dos zagueiros Mauricio Ramos e Danilo. Diego Souza tem atuado quase como terceiro atacante, trocando de lado com Williams, porém ontem não conseguiu aparecer durante a partida. Procurou um jogo de contato físico que não interessava para o time leve e que precisa da posse de bola como o do Palmeiras. Já os dois zagueiros são mais fracos que os zagueiros da temporada anterior, e não foram páreos para o excelente jogo de Lucas Barrios.

Alias deve se ressaltar que o Colo-Colo fez uma partida muito boa, valorizando a posse de bola, atacando com cinco ou seis jogadores sempre que tivera uma oportunidade. Os quatro da linha de meio campo apoiavam o ataque quando o Palmeiras deu possibilidade, deixando os dois atacantes do time, mas principalmente Lucas Barrios, com ótimas e claras chances de gols. Além do que, o Colo-Colo era mais eficiente na troca de passes entre todos os jogadores, e não dependia da participação de um só, como o Palmeiras tem dependido das jogadas criadas através do toque de bola e movimentação de Cleiton Xavier.

A derrota foi inesperada, pois o Palmeiras jogava em casa e deu a impressão no inicio que conseguiria transpor a defesa chilena através da tática que vem dando certo de marcação sobre pressão no campo de ataque e velocidade. Entretanto, inteligência, nervos e controle emocional são necessários para vencer um jogo de Libertadores. E isso faltou para os comandados de Luxemburgo assim como o próprio técnico. Mas a vitória do Colo-Colo foi mais que merecida por estas situações mostradas. Agora, cabe o Palmeiras fazer uma campanha histórica, ou poderá amargar um vexame histórico dentro da competição que seria prioridade neste ano. O que é perfeitamente possível a partir de agora, doravante aos desafios que o time enfrentará.

Um comentário:

Anônimo disse...

O time AMARELOU! Não aguenta pressão e não tem tradição pra libertadores! Vai ser uma pena pois não vão se classificar pra enfrentar o SP numa fase eliminatória pra tomar gols do meio de campo de novo! hehehe
O Marcus ta procurando até agora a bola do chute do Cicinho! hehehe