19 de jun. de 2009

E quem é craque?

Como sempre, a mesma discussão besta que não tem fim. No Arena SporTV de hoje, a eterna discussão de quem pode ser considerado craque. Incrivelmente, ouvi que até o Denílson é craque. Até o Denílson!!!!!!

Retirando minha opinião a respeito do Denílson, a discussão que eu quero levantar é o seguinte: o conceito de Craque. Afinal de contas, durante o programa, foi discutido pontos como um jogador pode ou não ser considerado craque durante a carreira. Um jogador acima da média nunca poderá ter este adjetivo se não tiver títulos relevantes. O Zico entrou na história. Eles nem deveriam mencionar o Zico nesta hora, afinal de contas Zico estaria atrás apenas de Pelé. Se bem que Romário e Ronaldo…

Discutiram ainda Alex e Kaká. E na maioria das características comentadas, a comparação era que Alex (ex-Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo e atualmente no Fenerbahce) é melhor que Kaká em praticamente todos os aspectos, porém Kaká era melhor que Alex. Alex quando surgiu era melhor que Kaká, e todo mundo falava isso na época. Porém, ele “dormia” durante os jogos. E Kaká era o “pipoqueiro”, que fazia jogadas maravilhosa e não era decisivo. Kaká ganhou Copa dos Campeões e Mundial de Clubes pelo Milan e transferiu-se para o Real Madrid como a terceira transação mais cara da história do clube. Assim ninguém seria digno de ser craque, pois craque é sempre decisivo.

A discussão foi além da questões técnicas e partiu para o lado morfológico do português. Alberto Helena Jr. mencionou o fato do Craque ser derivado da onomatopéia “crack”, que seria o som de algo rompendo. Logo, todo craque teria que ser um jogador que atravessasse uma defesa. Cleber Machado defendeu com a tese, dúbia por sinal, de Beckenbauer não poderia ser craque, porque ele não fazia isso em todo jogo.

Pensei em pegar algum exemplo de fora para entender o conceito de craque. Chamou atenção o nome de Rogério Ceni (graças Juliana G. Sales e seu comentário no Twitter). Na época do presidente Paulo Amaral, todos unanimemente queriam vender o jogador, que era bom goleiro, mas era considerado pouco decisivo e não conquistavam títulos de expressão. Enquanto na época de Marcelo Portugal Gouveia e logo em seguida, Juvenal Juvêncio, passou a ser considerado símbolo do time que jogava. E o seu jogo não mudou por conta das diretorias. Rogério sempre foi profissional, batalhador, não aceitava derrota, fazia de tudo pelo time, era ótimo embaixo das traves e ainda fazia gols de falta! Então porque para um mesmo jogador houve duas mentalidades tão distintas?

Ai eu pego e pergunto, quem é craque nos dias de hoje? Difícil achar, até porque é difícil explicar o que é ser craque. Só não consigo aceitar que craque seja um jogador igual ao Denílson. Isso não dá…


PS: Estou bolando um novo projeto de blog esportivo que espero, mostre um pouco do que esta de errado no Esporte no Brasil, e se der certo, dará muito o que falar até 2014! Aguardem e confiem…