O circuito de Yas Marine em Abu Dhabi tem um visual futurista lindo. Integrado a um grande resort que contém parque temático da Ferrari, um luxuoso hotel com passarela sobre o circuito e uma marina lindíssima para muitos dos milionários que irão visitar o circuito estacionar seus iates, e símbolo claro de poder e riqueza que ainda ostenta a região do Golfo Pérsico, através dos seus petrodólares que tem regrado a economia mundial.
Porém, nem todo o dinheiro do mundo fez os árabes criarem uma pista boa. Pelo contrário, em muitos aspectos esta pista pode ser considerada bem retrograda. Com pouquíssimas áreas de escape, guard-rails próximo nas retas, vários trechos de curvas travadas em 90 graus, inclusive no final da “nova” maior reta da F1 com mais de 1.200 metros (uma vez que Fuji não sediará mais provas da categoria), fica evidente que o circuito não privilegia a disputa por posições.
Outra coisa que me chamou a atenção é o fato de que em alguns pontos da pista existe área de escape pintada em azul e branco, do mesmo jeito que existem variações do traçado em diversas partes, utilizando a mesma pintura para diferenciar o traçado a ser utilizado na corrida, além de um túnel na saída dos boxes. Novidades? Nem tanto. Isso só fez parecer que alguém criou este circuito baseado no que já existe e já existiu em Paul Ricard, na França.
Finalizando, se você quiser um dia ir para Abu Dhabi assistir uma corrida de Formula 1 prepare-se para uma viagem alucinante em tudo que existe em volta da pista. Porém, na hora da corrida, não espere um show. Somente na hora que a luzes artificiais substituírem o Sol, que também é outro espetáculo de imagens.
Ps: Este post foi escrito e reproduzido para o Velocidade, da Barbara Franzin e Anderson Costa, pelo dono deste blog. Obrigado pelo espaço gente!