Dizem que o esporte podem ser um fato para auxiliar a integração social entre os povos e que ele é a celebração máxima entre diferentes sociedades. Mas, o que dizer quando o esporte sofre ataques de maneira tão covarde e baixa como ocorreu esta semana em Cabinda?
A seleção de Togo, que iria disputar a Copa Africana de Nações, teve seu ônibus alvejado por balas por membros do grupo separatista da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) em translado para esta região, onde seria sua sede para disputa da CAN. Até o momento, foram confirmadas 3 mortes, o motorista e dois membros da comissão técnica, existindo a possibilidade da do goleiro do time togolês Kodjovi Obilalé, ainda não confirmada oficialmente. O ataque deve ter sido decorrência ao embate politico que existe entre o governo angolano e a frente separatista, que reivindica a liberdade do território. Veja o porque aqui neste texto.
A seleção de Togo confirmou que abandonará o torneio e que busca apoiou entre outras seleções. Times ingleses, maiores prejudicados pela ausência de seus atletas na Première League para disputa do torneio africano, já pediram o retorno dos seus atletas.
Ao ver notícias desta fato, minha cabeça tomou curso para o passado e lembrou imediatamente do que ocorreu nas Olimpíadas de Munique, em 1972, quando atletas da delegação de Israel foram tomados como reféns na Vila Olímpica da competição e posteriormente mortos pelo grupo Palestino Setembro Negro na própria. Evento correlacionado com todas as disputas politicas e guerras que afligem a região do oriente médio entre Israel e a Palestina.
O evento em si morreu. Ninguém nunca mais lembrou das festas desportivas. Muito provavelmente acontecerá o mesmo em Angola. E muito provavelmente a população Angola sofrerá durante anos com este evento. E tudo isso por conta do Petróleo.
E no fundo, fica a mostra a grande verdade para quem quiser ver: Esporte não traz a paz sozinho. Esporte não é nada sem uma politica social que impeça este tipo de eventos, controlados por pessoas que buscam apenas poder em nome de seus próprios nomes, e utilizam de soldados pessoas que não tem muitas escolhas. E fazem vitimas inocentes que apenas queriam competir entre eles. Seja em Berlim, seja em Cabinda.