Catástrofe. Um pais que não deveria existir. Esta parece ser a sina do Haiti. Pais mais pobre das Américas, com uma população de 10 milhões de pessoas, majoritariamente abaixo da linha da pobreza. Com uma renda per capta de um pouco mais de 1 mil dólares por ano e expectativa de vida de apenas 61 anos, o Haiti figura sempre nas noticias por conta de seus problemas politico-sociais e de infra-estrutura. A opressão é marca registrada da pequena ilha localizado no meio do Caribe.
Desde sua independência, o Haiti nunca conseguiu progresso devido seu histórico de problemas. Passando pela família Duvalier, passando por Henry Namphy e por último por Jean-Bertrand Aristide, que foi presidente duas vezes da nação, mas nunca conseguiu eliminar os problemas gerados durante séculos. Mesmo com o sucesso da revolução no Haiti que libertou os negros das mãos dos francês e alçou um negro como líder do pais muito antes do que qualquer pais, o Haiti acabou sofrendo do mal de ter sido percursor do pensamento libertário na América.
Hoje, o Haiti vive uma de suas piores tragédias na história. Provavelmente, 3 milhões de pessoas foram atingidas. Muitas mortes serão reportadas. Não existe estimativa oficial de quantos são até agora, mas muitas perdas já são consideradas importantes, como Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança e referência no combate a desigualdade social. Ela fazia o que muitos Haitianos não acreditavam: que alguém pudesse olhar por eles e na melhoria de suas vidas. Mas a batalha, que era uma luta muito desigual, tornou-se quase impossível.